Líderes surgem naturalmente em diversas circunstâncias e contexto, podendo emergir especialmente nas crises. Essa é uma verdade que temos assistido em diversas esferas da sociedade, principalmente nos dias atuais quando todos estamos sofrendo pressões circunstanciais de saúde, empregabilidade, financeira dentre outras tantas.
Há duas formas conhecidas de gerenciar crises, pessoas, empresas ou sociedades.
Uma delas é o “comando e controle”, ainda presente em várias empresas. A grande característica desse tipo de gestão é que há um chefe que faz o planejamento das ações e comanda seus subordinados para executarem as tarefas para o atingimento do objetivo. É esse mesmo chefe que controla se as tarefas estão sendo realizadas conforme comandado, ou seja, os subordinados são unicamente executores de atividades. Pouco têm a acrescentar ou contribuir além de “obedecer” às ordens recebidas. Esse modelo é muito característico em sistemas militares, onde não há questionamento de ordens.
A outra forma de gerenciamento é a “liderança engajadora”, que surgiu há alguns anos a partir do ingresso de uma nova geração de profissionais que possuem um outro modo de pensar e agir do que a geração antecessora, tornando então necessário o ajuste de gestão. O antigo “comando e controle” não funciona nessa geração, pois diferente do executores de antigamente, eles querem contribuir e compartilhar seu modo de pensar. A alavanca motivacional para o crescimento da empresa passa então a ser o engajamento através da liderança. Esse líder tem como papel fundamental fomentar discussões em torno do melhor caminho a ser seguido, tornando a equipe co-responsável pelo resultado, e, tendo ele a visão do todo, inspira e guia cada um da equipe para dar o seu melhor para o grupo. O líder engajador entende que um grupo é potencializado quando formado por diversidade através da multiplicidade de capacidades individuais. Ele propicia o ambiente para que cada um possa contribuir de forma íntegra no grupo e para a empresa.
Alguns paralelos que definem bem as diferenças entre as duas formas de gestão. Enquanto:
o chefe do comando e controle manda, o líder engajador motiva
o chefe do comando e controle contrata, o líder conquista
o chefe do comando e controle controla, o líder guia
o chefe do comando e controle cobra, o líder consulta
o chefe do comando e controle tem subordinados, o líder tem equipe
Diante dos diversos desafios que as empresas possuem, sejam atuais ou para um futuro próximo, fica claro que o “trigger” para o crescimento é a gestão de pessoas. O modelo comando e controle que é mais autoritário e que deixava o gestor sozinho nas decisões e responsabilidades, está perdendo espaço para um modelo mais flexível de autoridade, onde existe sim um comando e controle, mas agora compartilhado com a equipe, ou seja, cada integrante tem sob sua responsabilidade uma parte do todo e controla individualmente com o apoio do líder para que seja realizada.
Se você gostou desse artigo, aproveite para ler também sobre gestão na era da disrupção.
A BÓREA, consultoria especializada em gestão de escritórios de advocacia, é liderada por Mario Esequiel, que atua há anos no mercado jurídico, possuindo experiência em grandes escritórios de advocacia, e pode apoiar a gestão do seu escritório.